Venezuela não comunicou Exército Brasileiro sobre exercícios em Roraima – Poderia ter custado muito caro!

De acordo com matéria de Luis Kawaguti ao jornal Gazeta do Povo, as tropas que adentraram no território brasileiro por Pacaraima, na região extremo norte do estado de Roraima, em 22 e 23 de janeiro, não tinham permissão para executar qualquer manobra militar ou trafegar com armamentos.

O Exército Brasileiro precisou mobilizar rapidamente suas tropas de fronteira em meio aos relatos de invasão de ao menos 20 militares com veículos fortemente armados em território soberano do Brasil.

Trata-se de flagrante violação territorial que poderia custar muito caro na estabilidade transfronteiriça entre Brasil e Venezuela, qualquer erro de cálculo poderia ocasionar um conflito físico entre as partes.

Segundo a Gazeta do Povo, a notável invasão militar venezuelana gerou alertas e tensõs sobre a possibilidade de uma invasão do ditador Nicolás Maduro, mesmo diante de um baixo contingente bolivariano.

Se realmente a entrada de tropas venezuelanas, mesmo que brevemente, no território do Brasil em Pacaraima (RR) ocorreu sem aviso prévio e aval do governo brasileiro sem dúvida alguma foi uma violação grave da Constituição Brasileira e da 7ª Conferência de Montevideo de 1933.

O artigo 21 da Constituição Federal, em seu inciso III, diz que compete à União “assegurar a defesa nacional”.

Até o momento o governo brasileiro liderado pelo presidente Lula não se manifestou. É preciso investigar os fatos para ter ciência plena do formato da violação militar venezuelano, ou seja, houve comunicação prévia ao governo federal?

Caso não tenha sido previamente comunicado, o governo deverá convocar o embaixador venezuelano consecutivamente para explicações.

Toda essa mobilização militar das Forças Bolivarianas faz parte da Operação “Escudo Bolivariano” que está acontecendo em todo o território venezuelano. Cerca de 150 mil militares e policiais participam dos exercícios que inflamam as fronteiras de toda a Venezuela.

A Operação Escudo Bolivariano começou na quarta-feira, 22 de janeiro, e deve reduzir as atividades no final desta quinta-feira, e também coincide com uma escalada da violência na Colômbia que deixou milhares de deslocados na região.

De acordo com o próprio Ditador Maduro, este é o primeiro exercício do Escudo Bolivariano 2025 para garantir a paz, a soberania, a liberdade e a verdadeira democracia da Venezuela.

Ainda de acordo com o Ditador, os exercícios buscam “garantir o respeito à Venezuela por parte de grupos que geram violência, de terroristas armados da Colômbia (…) e de todas as pessoas que ameaçam e tentam atacar a Venezuela”.

A atual mobilização e agora a notável invasão militar em território brasileiro elevam a instabilidade geopolítica com o Brasil e, apesar de fazer parte do cronograma das forças bolivarianas desde 2024, trata-se de uma resposta à futura mobilização militar do Brasil que deve acontecer neste primeiro semestre com ao menos 8 mil militares da Operação Atlas.

Vale destacar que qualquer exercício militar de fronteira exige, pelo respeito à soberania de outro país, a prévia comunicação às autoridades vizinhas. Sabe-se que a Operação Escudo Bolivariano ocorre todos os anos e previamente planejado com muita antecedência, não havendo motivos para a ausência de comunicação entre Forças, exceto com a intenção de gerar tensão, desconforto, insegurança e provocação, elementos de uma guerra psicológica e híbrida.

Venezuela cruza e fecha fronteira com o Brasil para Exercícios Militares – O que está acontecendo?

Passou a circular nas redes sociais diversos blindados e veículos militares das forças venezuelanas se concentrando nas fronteiras norte do Brasil com a Venezuela.

Alarmistas nas redes sociais creditaram o movimento como provocação e tentativa de invadir o Brasil, questionando ainda o governo federal de Lula a tomar providências para desarticular uma suposta tentativa de agressão.

No entanto, trata-se de uma mobilização militar das Forças Bolivarianas do ditador Nicolás Maduro para início da Operação “Escudo Bolivariano” que deve acontecer em todo o território venezuelano.

Trata-se do segundo bloqueio realizado pelo Ditador Nicolás Maduro, sendo o primeiro em 10 de janeiro, dia da cerimônia de posse para o seu terceiro e ilegítimo mandato ao cargo de presidente.

Cerca de 150 mil militares e policiais participam, a partir desta quarta-feira, 22 de janeiro, de exercícios convocados pelo ditador. A mobilização, que ocorrerá entre esta quarta e amanhã, coincide com uma escalada da violência na Colômbia que deixou milhares de deslocados.

O presidente afirmou que os exercícios buscam “garantir o respeito à Venezuela por parte de grupos que geram violência, de terroristas armados da Colômbia (…) e de todas as pessoas que ameaçam e tentam atacar a Venezuela”.

Maduro liderou a mobilização de tropas durante um evento com a presença de “7.267 combatentes leais, socialistas, anti-imperialistas e profundamente chavistas” em Fuerte Tiuna, o maior complexo militar da Venezuela.

URGENTE!! A equipe de Trump está se preparando para uma mudança de poder na Venezuela

A equipe do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, está se preparando para uma possível mudança de poder na Venezuela. Isso foi relatado pela agência de notícias Axios em 18 de janeiro, citando fontes.

“Não nos importaríamos que o presidente venezuelano Nicolas Maduro fosse o ex-presidente sírio Bashar e vizinho de Bashar em Moscou”, disse um dos interlocutores próximos a Trump à agência.

É especificado que a mudança de regime na Venezuela não implica necessariamente intervenção militar ou ação militar. Conforme observado por uma fonte ligada às negociações de política externa, a situação no país é “instável” e o presidente Maduro está “literalmente destruindo o país”.

Anteriormente, em 12 de janeiro, o presidente venezuelano Nicolas Maduro propôs alcançar a independência de Porto Rico dos Estados Unidos com a ajuda das tropas brasileiras.

Segundo ele, a Venezuela tem um plano de libertação, “assim como o Norte”, cujo programa colonial ele se propõe a se opor. Além disso, o presidente disse que usaria armas se necessário e ameaçou seu governo.

Maduro assumiu oficialmente a presidência pela terceira vez em 10 de janeiro. A cerimônia de inauguração ocorreu em Caracas.

Ao mesmo tempo, os EUA não reconheceram a posse do presidente Maduro e aumentaram a recompensa por sua captura para US$ 25 milhões. O Departamento de Estado também impôs novas restrições de visto a funcionários afiliados a Maduro que supostamente prejudicaram o processo eleitoral na Venezuela.

A eleição presidencial da Venezuela foi realizada em 28 de julho de 2024, e Maduro venceu a eleição com 51,2% dos votos. Falando aos apoiadores do lado de fora do palácio presidencial, o político disse que seu sucesso foi um “triunfo de paz e estabilidade” e isso mostra que o sistema eleitoral da Venezuela é “transparente”.

Em 29 de julho, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia saudou a realização bem-sucedida da vontade popular na República Bolivariana, expressando o clima para uma maior cooperação entre Moscou e Caracas. Além disso, Vladimir Putin parabenizou Maduro por sua vitória.

Ao mesmo tempo, alguns países se recusaram a reconhecer os resultados da votação na Venezuela. Por exemplo, as autoridades dos EUA reconheceram oficialmente a vitória do candidato da oposição Edmundo Gonzalez, que ganhou 44,2% dos votos.

Os governos da Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Equador exigiram uma “revisão completa dos resultados”.

Senador dos EUA pede explicações de Lula sobre o possível uso de tropas do Brasil contra Porto Rico

O ditador venezuelano Nicolás Maduro havia ameaçado invadir o território americano de Porto Rico, no Caribe, com a ajuda de “tropas brasileiras” para libertar a pequena ilha da “colonização”.

As falas do ditador não agradou os EUA, que aguardavam uma resposta imediata do governo brasileiro para rechaçar a postura agressiva venezuelana.

Como não aconteceu, em carta endereçada ao presidente Lula, o senador americano Rick Scott cobrou explicações sobre ameaça bélica de Maduro

O senador dos Estados Unidos pela Flórida fez a publicação via X e formalmente via ações diplomáticas solicitando ao governo brasileiro que responda e rejeite as ameaças contra os Estados Unidos pelo  ditador, já que a intenção da Venezuela está pautada no envio de militares brasileiros contra Porto Rico.

Exército do Brasil deve enviar 8 mil militares na fronteira com a Venezuela – O que está acontecendo?

Logo após a posse do ditador venezuelano Nicolás Maduro, em 10 de janeiro, a Venezuela fechou totalmente sua fronteira com o Brasil, marcando mais uma nova rodada da crise entre os vizinhos na América do Sul.

Porém, o que estava ruim agora deve piorar. O Exército Brasileiro, em conjunto com a Marinha e Força Aérea, deve deslocar até 8 mil militares para a fronteira venezuelana nos próximos meses, forçando na instabilidade da relação entre os dois países com a adição das tropas da maior Força Terrestre da América Latina.

Mas o que está acontecendo?

As Forças Armadas Brasileiras já definiram para o primeiro semestre deste ano o seu maior exercício militar que deve ocorrer próximo à fronteira com a Venezuela.

Trata-se da Operação Atlas, batizada internamente pelas Forças Armadas Brasileira que visa deslocar um contingente assegurado de ao menos 8 mil miltiares, veículos blindados e não blindados.

Um dos objetivos da ação é justamente treinar suas tropas para o caso de haver uma nova escalada de tensão com o regime de Nicolás Maduro.

Há mais de um ano, a região permaneceu em alta tensão após o Ditador Maduro contestar a soberania da região de Essequibo, pertencente oficialmente à Guiana.

O Ditador Nicolás Maduro e o presidente guianense, Irfaan Ali, encontraram-se em 14 de dezembro de 2023 em São vicente e Granadinas para arrefecer as tensões e chegarem a um acordo.

O ato de Maduro ter diminuído sua retórica sobre invadir a região de Essequibo, na Guiana, não assegurou a estabilidade da região, uma pauta defendida pelos militares brasileiras que temem nova instabilidade.

Isso porque, segundo militares do alto comando ouvidos pela CNN em 15 de janeiro, o rumo do país vizinho e em especial a estratégia militar é liderada pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e pelos militares venezuelanos de alta patente que, na prática, sustentam Nicolás Maduro no poder, isso significaria dizer que deve fazer de tudo para perpetuar o regime ditatorial.

O fechamento da fronteira venezuelana com o Brasil já cria em si um ambiente de preocupação e desconfiança entre as partes. Agora, a crise diplomática existente e a futura presença de tropas brasileira na fronteira venezuelana reascende dúvidas antigas por parte de Maduro com a posição do Brasil no cenário sul-americano e as “boas relações” do passado com o presidente Lula.

Treinar as tropas no olho da tempestade venezuelana é necessária. A Venezuela fica posicionada na região norte do Brasil, onde ocorrerá a COP30 na capital Belém, no Pará, em novembro de 2025.

O principal ambiente operacional será Roraima, estado brasileiro que faz fronteira direta com a Venezuela. A Operação Atlas prevê, além do treinamento em si, que deve durar cerca de 15 dias, desenvolver a capacidade militar brasileira de logística e transporte em uma região de difícil acesso.

A Operação Atlas é vista nas Forças como uma espécie de expansão da Operação Perseu, realizada neste ano pela Força Terrestre no vale do Paraíba e que contou com ampla mobilização do Exército.

No entanto, a ideia do Ministério da Defesa é de que, ao contrário da Perseu, a Operação Atlas seja feita com presença maciça das três Forças: Exército, Marinha e Aeronáutica.

“Com as tropas do Brasil, vamos libertar Porto Rico!”, sugero Nicolás Maduro

Parece que o ditador da Venezuela Nicolás Maduro ultrapassou todos os limites diplomáticos e quaisquer outro tipo de acordo internacional ao ameaçar um País soberano na América Latina.

Após a tomada de posse para o seu terceiro mandato como ditador da Venezuela, em clara eleição recheada de fraudes e corrupção, na sexta-feira, 10 de janeiro, Nicolás Maduro sugeriu usar tropas brasileira para “libertar” Porto Rico, um território localizado no Caribe que integra o governo dos EUA, afirmando que o País faz parte de uma “agenda de colonização”.

As falas foram feitas durante o evento chamado “Festival Internacional Antifascista”, organizado pelo Foro de São Paulo.

As falas do ditador foram claras: “Assim como no norte eles têm uma agenda de colonização, temos uma agenda de libertação. A agenda foi escrita por Simón Bolívar. Está pendente a liberdade de Porto Rico, e nós vamos conquistá-la. Com as tropas do Brasil. E Abreu de Lima na frente. Batalhão Abreu de Lima para libertar Porto Rico, o que acha?”.

A cerimônia da falsa posse de Nicolás Maduro e o evento “Festival Internacional Antifascista” contaram com a presença de autoridades e políticos brasileiros.

EUA aumentam recompensa pela cabeça de Nicolás Maduro em US$ 25 milhões de dólares e impõem novas sanções

Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira novas sanções a oito autoridades venezuelanas e aumentaram para US$ 25 milhões a recompensa oferecida pela prisão do presidente Nicolás Maduro no dia de sua posse para um terceiro mandato após uma eleição fraudulenta e corrupta no ano passado.

Foi a mais recente de uma série de medidas punitivas do governo Biden contra o governo de Maduro após a votação de julho, que tanto seu Partido Socialista quanto a oposição do país da OPEP afirmam ter vencido.

Enquanto Washington implementava as novas sanções, o secretário de Estado Antony Blinken chamou a posse de sexta-feira de “ilegítima”, dizendo em uma declaração que os EUA “não reconhecem Nicolás Maduro como presidente da Venezuela”.

Os funcionários visados ​​incluem o recém-nomeado chefe da empresa estatal petrolífera venezuelana PDVSA, Hector Obregón, o ministro dos Transportes da Venezuela, Ramon Velasquez, e autoridades policiais e militares.

O movimento dos EUA foi coordenado com anúncios da Grã-Bretanha e da União Europeia visando 15 autoridades venezuelanas, incluindo membros do Conselho Eleitoral Nacional e das forças de segurança. O Canadá também impôs novas sanções à Venezuela.

“Os Estados Unidos, juntamente com nossos parceiros com ideias semelhantes, se solidarizam com o voto do povo venezuelano pela nova liderança e rejeitam a alegação fraudulenta de vitória de Maduro”, disse Bradley Smith, subsecretário interino do Tesouro dos EUA, em um comunicado.

Maduro e seus assessores sempre rejeitaram as sanções dos EUA e de outros países, dizendo que são medidas ilegítimas que equivalem a uma “guerra econômica” destinada a prejudicar a Venezuela.

“O governo cessante dos Estados Unidos não sabe como se vingar de nós”, disse Maduro durante seu discurso de posse transmitido pela televisão nacional, sem mencionar diretamente as sanções.

Ele e seus aliados comemoraram o que dizem ser a resiliência do país, apesar das medidas, embora historicamente tenham atribuído algumas dificuldades econômicas e escassez às sanções.

URGENTE!! María Corina, líder da oposição contra o ditador Nicolás Maduro, sofre atentado e é sequestrada

O regime do ditador Nicolás Maduro sequestrou María Corina Machado. Ao todo, 17 motocicletas, drones e caminhões abriram fogo contra as motocicletas que a transportavam, abatendo os motociclistas, ferindo um deles e levando a maior líder da oposição.

A congressista republicana pela Flórida, María Elvira Salazar, que faz parte do círculo político íntimo de Donald Trump acaba de mandar um recado AMEAÇADOR para o ditador Nicolás Maduro:

“Se você atacar María Corina Machado, nós, os Estados Unidos, iremos atacar você!”.

Corina faz parte da liderança da oposição contra o ditador Maduro que deve tomar posse nesta sexta-feira, 10 de janeiro, após amplas evidências de fraudes e corrupção nas eleições do País.

María Corina fez a primeira aparição pública em cinco meses nesta quinta-feira, ao discursar para manifestantes na região de Chacao, nos arredores da capital venezuelana.

URGENTE!! Nicolás Maduro prende dois cidadãos dos EUA de alto nível por integrarem grupo de “mercenários”

Dois cidadãos dos EUA foram presos na Venezuela, parte do grupo do que o presidente Nicolas Maduro descreveu nesta terça-feira (7) como sete “mercenários”, disse o líder enlutado em comentários transmitidos pela televisão estatal.

Maduro, que disse que os cidadãos americanos detidos eram “de nível muito alto”, não forneceu mais detalhes ou evidências das prisões.

“Hoje mesmo, capturamos sete mercenários estrangeiros, incluindo dois mercenários importantes dos EUA”, disse Maduro, que deve assumir o cargo para um terceiro mandato na sexta-feira, após a eleição contestada de julho passado, que a oposição diz ter vencido em um deslizamento de terra.

Maduro disse que o grupo de detidos também inclui dois colombianos e três ucranianos.

No mês passado, o governo da Venezuela libertou dezenas de prisioneiros, incluindo 10 americanos, após meses de negociações entre Caracas e Washington, enquanto os EUA libertaram um aliado próximo do presidente, o empresário colombiano Alex Saab.

Nicolás Maduro oferece € 97 mil pela cabeça do verdadeiro presidente eleito Edmundo Gonzáles

O governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ofereceu 100 mil dólares (97. 240 euros) em troca de informações sobre o paradeiro do candidato da oposição no exílio, Edmundo González, considerado o verdadeiro vencedor das disputadas eleições do ano passado.

González fugiu para Madrid em setembro, depois de ter sido emitido um mandado de captura por alegada conspiração, quando Maduro reprimiu a dissidência na sequência da sua controversa vitória nas eleições presidenciais de 28 de julho.

Na quinta-feira, a polícia venezuelana publicou nas redes sociais um boletim de procura, com uma fotografia de González e instruções sobre como alertar as autoridades com qualquer informação.

A polícia acusa González de conspiração, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos, entre outras acusações, que a oposição diz serem todas de motivação política.

“É oferecida uma recompensa de 100 mil dólares a quem der informações sobre a sua localização”, dizia a legenda da polícia no Instagram.

Inicialmente, as autoridades prometeram pagar 500 mil dólares (485.965 euros) a potenciais informadores, mas a publicação foi rapidamente corrigida, segundo o jornal espanhol El País.

González, um ex-diplomata de 75 anos, saiu da relativa clandestinidade no ano passado, depois de a líder da oposição María Corina Machadoter sido impedida de competir nas eleições.

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Maduro, antigo discípulo do falecido Hugo Chávez, ganhou as eleições que se seguiram em julho. No entanto, ao contrário do que aconteceu em eleições anteriores, o Conselho Nacional Eleitoral, que conta com a participação de aliados de Maduro, não publicou os resultados pormenorizados da votação.

A oposição, que classificou a vitória de Maduro como fraudulenta, publicou os boletins de 80% dos centros de votação, que, segundo a oposição, mostram que o seu candidato foi o grande vencedor.

Milhares de venezuelanos saíram às ruas para se manifestarem contra o governo de Maduro, que respondeu com repressão. Entre 29 de julho e 6 de agosto, as autoridades venezuelanas prenderam mais de 2.200 pessoas.

Durante a repressão, Machado passou à clandestinidade e González refugiou-se na embaixada de Espanha, antes de voar para Madrid.

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Os Estados Unidos e muitos outros países veem González como o verdadeiro presidente eleito da Venezuela.

“É claro para os Estados Unidos, para as nações democráticas de todo o mundo e para as organizações internacionais independentes que observaram as eleições de 28 de julho que o candidato da oposição Edmundo González Urrutia obteve o maior número de votos. Isso faz dele o presidente eleito”, afirmou o Departamento de Estado dos EUA em novembro.

“O povo venezuelano expressou de forma esmagadora e inequívoca o seu desejo de mudança democrática – os boletins de voto disponíveis ao público assim o dizem”, acrescentou.

González prometeu regressar à Venezuela antes da próxima sexta-feira, altura em que Maduro deverá iniciar o seu terceiro mandato consecutivo como presidente.

Horas depois de a polícia venezuelana ter anunciado a recompensa de 100 mil dólares (97.240 euros), a equipa de González disse que ele iria iniciar uma digressão internacional na Argentina, onde está previsto um encontro com o líder do país, Javier Milei, no sábado.

A Argentina demonstrou o seu apoio à oposição venezuelana ao oferecer refúgio diplomático na sua embaixada em Caracas a cinco dos seus membros. Eles estão lá desde março, quando foram emitidos mandados de prisão.

O anúncio de quinta-feira sobre González não foi uma surpresa, uma vez que os aliados de Maduro advertiram, durante meses, o ex-diplomata sobre a receção que receberia, caso regressasse à Venezuela.

No seu programa de televisão, o ministro venezuelano do Interior e da Justiça, Diosdado Cabello, mostrou uma caixa transparente de “presente” para González – decorada com balões e contendo algemas.

Sob o comando de Nicolás Maduro, a Venezuela tem sofrido uma grave crise económica, que levou milhões de venezuelanos a abandonar o país na última década.

González viaja aos EUA para impedir posse de Maduro

O líder da oposição na Venezuela, Edmundo González Urrutia, encontrou-se, nesta segunda-feira (6), com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, como parte de uma tour pelas Américas visando obter apoio regional para pressionar o governo de Nicolás Maduro, que inicia novo mandato na sexta-feira (10).

“Tivemos uma conversa longa, frutífera e cordial com o presidente Biden e sua equipe,” disse González, em coletiva de imprensa após o encontro.

González tenta obter apoio para seu esforço de tirar Maduro do poder até sexta-feira, quando, por lei, começa o próximo mandato presidencial no país sul-americano. O oposicionista iniciou a turnê pelas Américas no sábado (4), com paradas na Argentina e no Uruguai.

A campanha de González convocou venezuelanos que vivem em Washington a se reunirem em frente aos escritórios da Organização dos Estados Americanos (OEA). Enquanto isso, Maduro já recebeu convite da Assembleia Nacional para tomar posse do terceiro mandato de seis anos, mais de cinco meses após o Conselho Nacional Eleitoral declará-lo vencedor da eleição de 28 de julho e sem apresentar as atas de votação que corroboram o resultado.