O governo da Venezuela anunciou na terça-feira um grande destacamento militar em todo o país, em resposta direta à presença naval e aérea contínua dos Estados Unidos em sua costa.
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino Lopez, afirmou que quase 200 mil militares foram mobilizados em todo o país para um exercício que ele descreveu como uma contramedida contra as “ameaças” dos Estados Unidos.
“Quase 200 mil soldados foram mobilizados em todo o país para este exercício”, disse Padrino López à televisão estatal, acrescentando que esse esforço se soma às operações regulares das Forças Armadas.
A medida foi acompanhada de ação legislativa. Na terça-feira, a Assembleia Nacional da Venezuela aprovou uma lei destinada a fortalecer a estratégia de defesa do país contra o aumento da presença militar dos EUA.
O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, enfatizou que a lei estabelece “uma nova forma de lidar com o destacamento, o cumprimento de ordens, a movimentação de tropas e, sobretudo, a articulação entre o povo e as Forças Armadas”.
O destacamento venezuelano coincidiu com a chegada de um dos navios de guerra mais poderosos do mundo, o USS Gerald R. Ford, à região, alimentando preocupações sobre uma escalada militar. A Marinha dos EUA confirmou a entrada do porta-aviões na área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA, que abrange a América Latina e o Caribe.
Os EUA afirmam que seu maior reforço militar em décadas no Caribe visa combater o narcotráfico. O destacamento incluiu uma série de pelo menos 19 ataques a embarcações em águas internacionais, que teriam resultado na morte de pelo menos 75 pessoas.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, negou as acusações de tráfico de drogas, afirmando, em vez disso, que os Estados Unidos estão “fabricando uma guerra” contra sua nação numa tentativa de removê-lo do poder.
Descubra mais sobre Área Militar
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.


