Brasileiro especialista em cibersegurança e reconhecido pelo FBI e Mossad revela o atual cenário cibernético no mundo

Na medida em que guerras se propagam pelo mundo, é cada vez mais evidente que o campo de batalha não se limita apenas ao físico. Hoje, países possuem a capacidade de atacar uns aos outros virtualmente, através do que chamamos de “Cyber War” (Guerra Cibernética).

Pensando nisso, nós da Área Militar decidimos conversar com Everton (@hydd3n.sec instagram), um Pesquisador de Segurança brasileiro que ganhou notoriedade por suas descobertas de falhas de segurança em sistemas de gigantes como Microsoft, Apple, Meta, NVIDIA, agências como NASA, FBI, Mossad e o Serviço Secreto dos EUA.

Durante nossa conversa, discutimos como as nações já não se garantem apenas em poderio bélico tradicional, mas constroem verdadeiras fortalezas e armas no campo digital.

Desde a atuação de grupos APT (Ameaças Persistentes Avançadas), compostos por hackers a serviço de governos, até o financiamento de campanhas de hacktivismo, desenvolvimento de ferramentas ofensivas e defensivas, e aquisição de spywares como o Pegasus, que permite espionagem silenciosa de alvos de alto valor estratégico.

Um dos casos mais emblemáticos desse tipo de guerra é o conflito entre Rússia e Ucrânia. Desde 2014, e de forma ainda mais intensa após 2022, a guerra cibernética entre essas nações tem escalado. Invasões a sites governamentais, ataques DDoS coordenados, tentativas de desestabilizar infraestruturas críticas e campanhas de desinformação digital são ações recorrentes.

A Rússia, com seu vasto histórico e estrutura cibernética consolidada, mantém protagonismo no cenário, com apoio de grupos como o Killnet e outros atores não estatais aliados ao Kremlin.

Outro episódio marcante e pioneiro foi o caso Stuxnet em 2010, um ataque cibernético altamente sofisticado, atribuído aos Estados Unidos e Israel, que visava sabotar o programa nuclear do Irã. O vírus Stuxnet conseguiu danificar fisicamente centrífugas nucleares sem a necessidade de um único disparo. Esse ataque foi um divisor de águas, mostrando ao mundo que uma linha de código poderia causar danos comparáveis a um míssil de precisão.

O cenário da guerra cibernética é silencioso, invisível a olho nu, mas com efeitos reais e devastadores.

Para saber mais sobre o trabalho do especialista brasileiro em cibersegurança basta acessa o perfil no instagram ( @hydd3n.sec )

EUA pressionam a maior produtora de chips TSMC e também a Samsung para restringir fluxo de chips à China

Os EUA planejam revelar mais regulamentações destinadas a impedir que chips avançados feitos pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. e outros produtores fluam para a China, parte de uma série de medidas introduzidas pelo governo Biden durante seus últimos dias no cargo.

As últimas medidas buscariam encorajar produtores de chips como TSMC, Samsung Electronics Co. e Intel Corp. a examinar os clientes com mais cuidado e aumentar a due diligence, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. As mudanças seguem um incidente em que chips feitos pela TSMC foram secretamente desviados para a empresa chinesa Huawei Technologies Co., na lista negra.

A Huawei é uma empresa de telecomunicações chinesa que foiadicionado à Lista de Entidades dos EUA em 2019. Esta lista é usada para restringir empresas que são consideradas uma ameaça à segurança nacional ou à política externa dos EUA.

As regras, que podem ser reveladas já nesta quarta-feira, se baseariam nas restrições globais de semicondutores que o governo Biden publicou na segunda-feira. Essas restrições limitam a venda de chips de IA por empresas como Nvidia Corp. e outros fabricantes avançados para data centers na maioria dos países.

Washington está interessada em eliminar backdoors por meio dos quais clientes chineses como a Huawei ainda estão adquirindo chips avançados. As novas regulamentações teriam como alvo os maiores fabricantes de semicondutores do mundo, visando cortar o fornecimento na fonte.

Um backdoor ocorre quando agentes ou empresas potencialmente inimigas criam ou usam uma porta legal ou não autorizada para obter acesso a um produto ou sistema.

De acordo com o projeto de regulamentação, todos os chips com um limite de 14 ou 16 nanômetros ou menos seriam presumivelmente restritos sob os controles mundiais separados e exigiriam uma licença governamental para serem vendidos na China e em outros países abrangidos, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque os planos não foram anunciados.

Mas há várias maneiras para os fabricantes de chips superarem essa presunção, já que o objetivo é identificar empresas chinesas que podem estar tentando burlar as regras dos EUA para fabricar chips avançados.

Constatou-se anteriormente que produtos ocidentais e chips restritos foram encontrados em sistemas de armas da Rússia na guerra contra a Ucrânia, uma clara violação que só foi possível através de um backdoor sofisticado e encabeçado pela grande China.

Os regulamentos propostos visam ajudar os fabricantes de chips a identificar quais designs, de quais clientes, estão sujeitos às restrições comerciais dos EUA. Isso se baseia em quão poderosos são os processadores, o que é determinado por quantos transistores — os pequenos interruptores que processam informações — estão amontoados em cada chip.

Usando técnicas de produção mais avançadas, medidas em nanômetros, torna possível adicionar mais transistores. Em geral, chips com contagens menores de nanômetros são mais sofisticados.

Depois que chips TSMC foram descobertos em dispositivos Huawei, o Departamento de Comércio ordenou que a empresa taiwanesa parasse de fabricar chips de 7 nm ou menos para clientes chineses, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

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