Ataques contra na Venezuela e Colômbia são uma possibilidade real, afirma Senador Republicano Lindsey Graham

O senador Lindsey Graham defendeu no domingo a decisão da Casa Branca de atacar barcos venezuelanos, insinuando que o presidente Donald Trump pode até “expandir” as operações militares na região.

Em uma entrevista com Margaret Brennan, da CBS, no programa “Face the Nation”, o republicano da Carolina do Sul disse que Trump está “fazendo a coisa certa”.

“O presidente Trump me disse ontem que planeja informar os membros do Congresso, quando retornar da Ásia, sobre potenciais operações militares futuras contra a Venezuela e a Colômbia”, disse Graham. “Portanto, haverá um briefing no Congresso sobre uma possível expansão do mar para a terra. Eu apoio essa ideia.”

Desde que o governo iniciou seus ataques no início de setembro, mais de 30 pessoas foram mortas. O governo tem afirmado repetidamente que tais ações estão protegendo os americanos da entrada de drogas e cartéis.

Mas os críticos da administração argumentam que os ataques são ilegais, principalmente porque não há como provar depois do fato que os alvos do ataque eram culpados de alguma coisa.

No domingo, Graham rebateu as críticas e atacou o presidente venezuelano Nicolás Maduro.

“O objetivo final é garantir que a Venezuela e a Colômbia não possam ser usadas para envenenar a América, que o ditador narcoterrorista Maduro não possa mais ameaçar nosso país e que envie drogas para matar americanos”, disse ele.

Colômbia apresenta primeiro Batalhão de drones de combate da América Latina

O Exército colombiano apresentou, na última sexta-feira, seu primeiro batalhão de drones, voltado para o combate e a defesa contra grupos armados ilegais, como guerrilhas, que utilizam essa tecnologia para atacar militares e civis, transformando a dinâmica do conflito armado no país.

Na base aérea de Tolemaida, principal centro de treinamento das forças públicas colombianas, foi exibido um conjunto de drones equipados com tecnologias avançadas, como inteligência artificial, projetados para enfrentar organizações envolvidas em atividades como narcotráfico e mineração ilegal.

Com designs que remetem a aviões ou equipados com hélices semelhantes às de helicópteros, essas aeronaves não tripuladas possuem capacidades como reconhecimento facial, rastreamento de veículos e alcance de voo de até 45 quilômetros.

“O conflito na Colômbia evoluiu com avanços tecnológicos, especialmente por meio dessas pequenas aeronaves não tripuladas”, afirmou o general Carlos Padilla, comandante da divisão de aviação do Exército, em entrevista à AFP.

Segundo ele, esse batalhão é uma iniciativa pioneira na América Latina. No último ano, guerrilheiros que não aderiram ao acordo de paz de 2016 com as Farc intensificaram ataques contra as forças públicas utilizando drones adaptados para lançar explosivos.

Padilla relatou que, em apenas um ano e meio, foram registrados mais de 350 ataques, resultando em 15 militares mortos e cerca de 170 feridos.De acordo com o general, esses grupos receberam treinamento de organizações terroristas estrangeiras, desenvolvendo métodos artesanais, porém rápidos, para realizar os ataques.

As Forças Armadas planejam que aproximadamente 400 pilotos, operando um número equivalente de drones, façam parte de uma base especializada a ser construída no departamento de Boyacá. “Esses drones nos proporcionam uma visão aérea com alcance e profundidade inéditos”, destacou Padilla.

Ex-guerrilheiro Gustavo Petro critica Pete Hegseth e alerta: “Vocês querem nos assediar para conseguir petróleo de graça!”

O presidente colombiano, Gustavo Petro, criticou duramente o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, pelo último ataque do país a um navio na costa venezuelana na sexta-feira.

Em uma publicação nas redes sociais, Petro respondeu ao anúncio do ataque feito por Hegseth, no qual ele alegou que os EUA haviam realizado um “ataque letal e cinético contra um navio de narcotráfico”.

“Não, Sr. Secretário de Guerra, os jovens que estão nesses barcos não são narcoterroristas, são jovens pobres das ilhas caribenhas tentando sobreviver. Ao bombardeá-los com mísseis como em Gaza, o senhor está assassinando o povo caribenho”, disse Petro.

Ele continuou afirmando que o que o governo Trump realmente quer é “o petróleo da Venezuela e da Guiana, só isso”.

“O uso de mísseis antieconômicos e assassinos tem outro objetivo. Vocês querem nos assediar para obter petróleo de graça”, acrescentou Petro.

Hegseth não respondeu à publicação de Petro. Na sexta-feira, ele detalhou que quatro pessoas morreram no ataque, realizado “próximo à costa da Venezuela, enquanto o navio transportava quantidades substanciais de narcóticos — com destino à América para envenenar nosso povo”.

“Nossa inteligência, sem sombra de dúvida, confirmou que este navio traficava narcóticos, que as pessoas a bordo eram narcoterroristas e que operavam em uma rota de trânsito conhecida pelo narcotráfico. Esses ataques continuarão até que os ataques ao povo americano acabem!!!!”, concluiu Hegseth.

URGENTE!! Trump assina ordem de retaliação contra a Colômbia que envolve sanções econômicas, diplomáticas e de exportação

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse minutos atrás que imporia fortes medidas de retaliação à Colômbia, incluindo tarifas, sanções e proibições de viagens depois que o país sul-americano recusou duas aeronaves militares dos EUA com migrantes sendo deportados como parte da repressão à imigração ILEGAL de Trump.

Trump disse que a ação do presidente colombiano Gustavo Petro colocou em risco a segurança nacional dos EUA e orientou seu governo a tomar medidas de retaliação.

Essas sanções incluem a imposição de tarifas de emergência de 25% sobre todas as mercadorias colombianas que chegam aos Estados Unidos, que subirão para 50% em uma semana; uma proibição de viagens e revogações de visto para funcionários do governo colombiano e seus aliados; imposição total do Tesouro de emergência, sanções bancárias e financeiras e inspeções aprimoradas de fronteira de cidadãos colombianos.

“Essas medidas são apenas o começo”, escreveu Trump no Truth Social. “Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais em relação à aceitação e retorno dos criminosos que eles forçaram aos Estados Unidos!”.

Gustavo Petro é um criminoso terrorista que virou Presidente da Colômbia

Aos 17 anos, Gustavo Petro entrou no grupo de extrema-esquerda guerrilheiro M-19 e sua participação no grupo marca toda a sua carreira política. Foi preso em 1985 por posse ilegal de armas, cumprindo pena de 18 meses na cadeia.

Por estar preso, Petro não participou de um dos ataques mais marcantes da história do M-19. Nos dias 6 e 7 de novembro de 1985, o grupo invadiu o Palácio da Justiça e fez mais de 300 pessoas reféns.

A tomada durou 28 horas e terminou em um confronto com o exército. A ação deixou mais de 100 mortos, entre ele o presidente da Suprema Corte, Alfonso Reyes Echandía.

Em paralelo a sua atuação na guerrilha, Petro se formou em Economia na Universidade Externado, em Bogotá. 

O grupo guerrilheiro se transformou em um partido político de extrema-esquerda em 1990, se tornando a Aliança Democrática M-19. Petro foi um dos fundadores.

A recusa da Colômbia e do México

A recusa da Colômbia em aceitar os voos é o segundo caso de uma nação latino-americana recusando voos de deportação militar dos EUA.

Petro condenou a prática, sugerindo que tratava os migrantes como criminosos. Em um post na plataforma de mídia social X, Petro disse que a Colômbia receberia migrantes deportados em aviões civis, dizendo que eles deveriam ser tratados com dignidade e respeito.

A decisão da Colômbia segue uma do México, que também recusou um pedido na semana passada para deixar uma aeronave militar dos EUA pousar com migrantes.